quarta-feira, 28 de março de 2012

ÁCIDO ÚRICO: o causador da gota

ÁCIDO ÚRICO: o causador da gota

FOTOS: FERNANDO GARDINALI E DIVULGAÇÃO. PRODUÇÃO: LUANA PRADE
Evelin Goldenberg, professora de Clínica Médica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e reumatologista do Hospital Albert Einstein

Exames de sangue e de urina são os primeiros passos para verificar o excesso dessa substância no organismo e, assim, afastar a chance de problemas - desde a formação de cristais até a temida inflamação das articulações
POR JANETE TIR
FOTOS: FERNANDO GARDINALI E DIVULGAÇÃO. PRODUÇÃO: LUANA PRADE

1 O que é ácido úrico?

É um produto natural do organismo, já que 90% dele é formado a partir do metabolismo de uma substância chamada purina (que é um dos componentes do DNA). Apenas 10% vêm dos alimentos consumidos diariamente. Uma parte desse total costuma ser eliminada pela urina, enquanto que o restante fica circulando no corpo sem causar problemas de saúde. O índice de ácido úrico, no entanto, não deve ultrapassar o nível máximo de 6,8 mg por 100 ml de sangue. Caso contrário, o excesso dessa substância pode virar cristais, que vão sendo depositados nas articulações e podem levar a um intenso processo inflamatório, com inchaço das juntas. E pelo menos 20% dos casos de ácido úrico elevado geram um estado dolorido, conhecido como gota.

2 Por que ocorre o desequilíbrio?


Por dois motivos metabólicos: ou o paciente é um hiperprodutor ou um hipoexcretor. No primeiro caso, o organismo está produzindo muito ácido úrico e, mesmo tendo uma excreção normal, não consegue eliminar o suficiente para deixar a taxa baixa. No segundo (que corresponde a 90% dos pacientes), apesar de a produção ser normal ou aumentada, os rins só conseguem eliminar pouco ácido úrico.

3 Como é feito o diagnóstico?

Primeiramente, com um exame de sangue para conhecer os níveis de ácido úrico na circulação. E, depois, para saber se a excreção está diminuída, os médicos costumam pedir um exame de urina (uricosuria de 24 horas), que indica qual a dosagem eliminada durante o dia. A partir da comparação destes dois resultados o médico indica o tratamento mais adequado para cada caso, uma vez que existem remédios tanto para inibir a produção como para aumentar a excreção. Outro teste importante é feito com o líquido tirado das articulações. Este só é indicado no caso de pacientes que apresentam inchaço nas juntas para verificar se há presença de cristais de ácido úrico nas articulações e, consequentemente, riscos de ocorrer uma crise de gota.

4 Quais os males decorrentes do excesso de ácido úrico?

Para a maioria das pessoas, este quadro é assintomático, não apresenta nenhum incômodo, e só é detectado se o médico pedir um exame específico, em um check-up, por exemplo. Mas 20% dos que têm o ácido úrico elevado desenvolvem crises de gota, principalmente homens entre 30 e 50 anos e mulheres na pós-menopausa. Nesse grupo também estão incluídos obesos e hipertensos. Ou seja, com a formação de cristais em uma articulação, o paciente tem uma inflamação que se torna muito dolorosa, vermelha e inchada. A pessoa mal consegue suportar o roçar da roupa ou dos lençóis nas regiões afetadas. Em geral, a gota começa na articulação do dedão do pé (situação conhecida como podagra). Muitos pacientes entram no consultório de chinelo e mancando. À medida que o problema evolui, outras articulações podem ser atingidas, entre elas os tornozelos e joelhos. Outra complicação possível decorrente dos altos níveis de ácido úrico no sangue são os depósitos da substância debaixo da pele, nas articulações ou em órgãos, como os rins. São nódulos duros de cristais, bolinhas brancas semelhantes a gotas de leite condensado, chamados de tofos. Por isso mesmo, também há chance de formação de cálculos renais, bem como de nefropatia (insuficiência renal) por ácido úrico. Neste caso, há um acúmulo de cristais dentro dos túbulos renais, provocando uma obstrução à passagem da urina.

5 Depois de uma crise de gota, é preciso buscar tratamento?

Sim. Do contrário, o intervalo entre as crises diminui e a intensidade da dor pode aumentar. O paciente também corre o risco de desenvolver uma poliartrite, ou seja, uma inflamação em várias juntas ao mesmo tempo ou até uma destruição das articulações. Há um aumento ainda das chances de doenças cardiovasculares e problemas nos rins.

6 A alimentação pode impedir que o índice de ácido úrico se eleve?

Não. Porque 90% do ácido úrico vêm do metabolismo da purina. É claro que, quando a pessoa tem um índice de ácido úrico muito elevado, os especialistas aconselham evitar alimentos como crustáceos, carnes vermelhas, lentilha e feijão, que contêm excesso de ácido úrico. Um outro desencadeante da crise de gota são as bebidas alcoólicas. E a cerveja é uma das que está intimamente ligada ao agravamento da enfermidade. Por isso deve ser consumida com muita moderação por quem já teve uma crise ou possui o ácido úrico elevado. É importante saber que, quando o índice estiver alto, deve-se evitar qualquer tipo de bebida alcoólica. Porém, se a vontade for muita, é preferível optar pelo vinho. Outro ponto essencial no tratamento é seguir uma dieta alimentar equilibrada e pouco calórica, para controlar a obesidade e a hipertensão.

7 Quando os índices se normalizam, significa que o indivíduo está curado?

Não. Depois de controlada a crise e estabelecidos índices aceitáveis de ácido úrico no sangue, minimiza-se a chance de novas crises e complicações. Mas vale ressaltar que a pessoa que já tem esse problema precisa se acostumar a ter uma vida mais saudável com uma alimentação de baixas calorias. E ainda tentar emagrecer e verificar sempre a pressão arterial - até para contribuir para a prevenção dos problemas coronarianos. Quando o indivíduo esquece o quanto a crise de gota o fez sofrer, pode relaxar - daí come e bebe demais, engorda, não controla a pressão e o resultado é que a dor volta com intensidade ainda maior do que a da última crise.

Tratamento gota

Tratamento gota

Para tratar a gota, destacamos o tratamento da crise de gota e o tratamento preventivo da gota:

1. Tratamento da crise de gota – medicamentos para a crise de gota

Para acalmar a dolorosa crise de gota, o médico dispõe principalmente de medicamentos analgésicos ou antiinflamatórios como:

- antiinflamatórios não-esteróidais (AINEs) como aqueles à base de diclofenaco, naproxeno e ibuprofreno a serem tomados, por exemplo, em forma de comprimidos. Evite a tomada de aspirina no tratamento da gota, pois ela pode exercer influência sobre o ácido úrico e agravar os sintomas da gota.

- a colchicina (um antigotoso), que age contra a inflamação causada pelos cristais de ácido úrico. Entretanto, esse medicamento deve ser cuidadosamente avaliado devido a suas reações adversas, como náuseas, vômitos e diarréias.

- corticosteróides, como a prednisona e cortisona podem ser usados devido a sua ação antiinflamatória. Podem ser administrados na forma de comprimidos ou em injeções nas articulações. Os corticosteróides normalmente são destinados a pessoas que não podem utilizar AINEs.

2. Tratamento preventivo da crise de gota

De início é aconselhado seguir determinados conselhos como uma mudança no estilo de vida (diminuição do álcool, consumo de carnes, etc), para tratar a gota e limitar as futuras crises.

Se a mudança do estilo de vida não surtir efeito, existe a possibilidade de o médico prescrever um medicamento muito eficaz para evitar e limitar novas crises de gota, o alopurinol. Em geral, o médico irá iniciar um tratamento medicamentoso preventivo à base de alopurinol somente se o paciente já tiver passado por diversas crises de gota. É importante saber também que este medicamento diminui a concentração de ácido úrico no sangue, o que reduz a probabilidade de ter uma crise de gota, mas será necessário tomá-lo regularmente, pois uma vez a interrompida a terapia, a probabilidade de uma crise pode aumentar. Trata-se então de um tratamento a ser tomado em um longo prazo. Outro medicamento que também bloqueia a produção de ácido úrico é o febuxostato.

Tanto o alopurinol quanto o febuxostato podem desencadear uma nova crise de gota se tomados antes que uma crise recente seja totalmente curada.

A probenecida é um medicamento que aumenta a habilidade renal de excretar o ácido úrico. Desta forma, as concentrações de ácido úrico no sangue diminuem o que reduz o risco de desenvolvimento de gota.

domingo, 25 de março de 2012

Anticoncepcional

Anticoncepcional

Pílula Anticoncepcional
A pílula anticoncepcional é uma combinação de estrogênio e progesterona com a função de inibir o amadurecimento dos óvulos. Sem óvulos não há ovulação, sem ovulação não há fecundação, e sem fecundação não há gravidez.
Além de ser indicada como um dos melhores métodos para se evitar uma gravidez indesejada, a pílula anticoncepcional pode ser indicada para tratamentos de endometriose, ovários policísticos, tensão pré-menstrual, cólica menstrual, problemas com oleosidade e acne.

Aplicação da Pílula

A pílula anticoncepcional funciona através da ingestão diária de uma pequena quantidade dos mesmos hormônios que são produzidos nos ovários.
Esta ingestão diária de hormônios tem a função de “enganar” o sistema de regulação simulando uma gravidez.
Quando termina a cartela, a ingestão do hormônio cessa e ocorre a menstruação.
A pílula deve ser tomada sempre à mesma hora. Nas embalagens de 21 comprimidos, toma-se todos os dias sem parar, interrompe-se durante 7 dias e inicia-se uma nova embalagem no 8º dia. Nas embalagens de 28 comprimidos, não há necessidade de interrupção.

Efeitos Colaterais do Anticoncepcional

Os efeitos da pílula variam muito de mulher para mulher: há mulheres que são muito mais sensíveis aos componentes da pílula que outras. Por isso, é importante consultar um ginecologista para que ele indique qual a pílula mais adequada no seu caso.
Podem ocorrer os seguintes sintomas:
  • Retenção de líquido e conseqüentemente aumento do peso.
  • Alterações no humor, como irritação, agressividade e até mesmo depressão.
  • Dores de cabeça fortes e incomuns.
  • Indisposição no estômago ou vômitos.
  • Sangramento intermenstrual.
  • Alteração na libido.
  • Seios doloridos.
Novos anticoncepcionais podem reduzir acne e inibir celulite
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ANA PAULA DE OLIVEIRAda Folha de S.Paulo
Os anticoncepcionais sempre tiveram apenas uma finalidade, a de evitar a gravidez. Entretanto uma nova geração de contraceptivos está reunindo outras funções, já que em sua composição há substâncias que, de alguma maneira, agem como um tratamento de beleza. Além de promoverem a redução de cravos e espinhas, o controle da oleosidade da pele, a diminuição dos "pelinhos" indesejáveis no rosto e de darem mais brilho ao cabelo, os novos componentes também possuem ação diurética, ou seja, não causam retenção de líquidos --uma das causas do surgimento da celulite, principal queixa das usuárias dos contraceptivos comuns.

sábado, 24 de março de 2012

Dieta para quem sofre de ácido úrico

  Gota - Ácido Úrico
confira quais os alimentos permitidos, quais são proibidos e um cardápio de sete dias para se manter longe das crises.
Produtos proibidos:
Carnes: bacon, vitela, cabrito, carneiro, miúdos (fígado, coração, rim, língua).
Peixes e frutos do mar: salmão, sardinha, truta, bacalhau, ovas de peixe, marisco, ostra, camarão.
Aves: peru e ganso. Bebidas alcoólicas.

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Permitidos com moderação:
Carnes: vaca e frango. Peixes e frutos do mar: lagosta, caranguejo.
Leguminosas: feijão, grão-de-bico, ervilha, lentilha, aspargos, cogumelos, couve-flor, espinafre
.

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Liberados:
Leite, chá, café, chocolate, queijo amarelo magro, ovo cozido, cereais como pão, macarrão, fubá, arroz branco, milho, mandioca, sagu,
vegetais:(couve, repolho, alface, acelga e agrião), doces e frutas.
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Gota - Ácido Úrico

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Quem luta contra o acúmulo do problema no sangue deve ter cuidado redobrado na hora da alimentação. Do contrário, aumentam os riscos de crises de gota, pedras nos rins e, segundo pesquisa recente, de aterosclerose e até infarto.
Ter ácido úrico nas veias é normal — ele é um produto do nosso metabolismo, gerado a partir da quebra das moléculas de proteína dos alimentos que ingerimos. Ele passa para o sangue e parte dele deve ser eliminado pelos rins e intestinos.

Mas algumas pessoas têm dificuldade em eliminá-lo ou produzem em excesso. O diagnóstico de hiperuricemia é feito por meio de exames que analisam a quantidade de ácido úrico no sangue.

A gota, um dos problemas mais comuns do excesso desse ácido, é uma doença hereditária que atinge muito mais homens do que mulheres — a proporção é de 8 para 1. “O ácido úrico se deposita nos tecidos das articulações e pode destruí-los”, explica o nutrólogo Valter Makoto (SP).

Nem todos os que têm altas taxas de ácido úrico terão problemas. Mas quem tem predisposição genética para as crises de gota deve ficar atento: os primeiros sintomas incluem dores nas articulações, principalmente no dedo maior do pé, inchaço e vermelhidão na região. A dor pode se espalhar para as articulações dos joelhos, cotovelos, mãos e ombros.

“O excesso de ácido úrico também causa tofos, pequenos caroços na pele. E, quando os seus cristais se depositam nos rins, formam os cálculos renais, a famosa pedra nos rins”, alerta Nelson Iucif Jr., médico e director do departamento de Nutrologia Geriátrica da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran).

E o pior: Pesquisa recente, realizada pelo Instituto do Coração do Hospital das Clínicas (Incor), conclui que o ácido úrico sozinho é capaz de aumentar em 3,5 vezes os riscos de um adulto apresentar calcificação nas artérias do coração — o que significa um potencial 10 a 12 vezes maior de ocorrer um infarto e morte súbita.

Não há cura para este mal, mas é possível controlar os níveis de ácido úrico no sangue. Em casos mais graves, há medicamento específico, usado fora das crises. Para a maioria das pessoas que tem hiperuricemia, a recomendação é evitar os fatores agravantes, como exercícios em excesso, uso de diuréticos e antiinflamatórios e dietas ricas em purinas — substâncias de alguns alimentos que fazem parte das proteínas e que ajudam a aumentar a concentração de ácido úrico.

E quem tem gota deve evitar bebidas alcoólicas. “Elas ajudam o ácido úrico a formar um cristal e a entrar na articulação”, explica Nelson Iucif.

A seguir, confira quais os alimentos permitidos, quais são proibidos e um cardápio de sete dias para se manter longe das crises.
Produtos proibidos::
Carnes: bacon, vitela, cabrito, carneiro, miúdos (fígado, coração, rim, língua).
Peixes e frutos do mar: salmão, sardinha, truta, bacalhau, ovas de peixe, marisco, ostra, camarão.
Aves: peru e ganso. Bebidas alcoólicas.

Gota Úrica - Ácido Úrico
Gota é uma forma de artrite causada pelo acúmulo de cristais de ácido úrico nas articulações. Essa enfermidade provoca dor intensa e na maioria dos casos afeta apenas uma articulação, geralmente no dedão do pé
Sintomas da gota
O quadro típico é de dor súbita e martirizante, inchaço, vermelhidão, elevação de temperatura e rigidez na articulação. Febre leve também pode estar presente.
Gota úrica geralmente ataca o dedão do pé (aproximadamente em 75% dos casos), porém também pode afetar outras articulações no tornozelo, calcanhar, joelho, ombro, dedos, etc. Em algumas ocasioes pedras de ácido úrico podem se formar nos rins.


Causas da gota


Embora a causa exata da gota não seja conhecida, acredita-se que esteja ligada a defeitos no metabolismo das purinas, que são compostos orgânicos geralmente encontrados no corpo e metabolizados em ácido úrico. Pessoas com gota ou tiveram a produção de ácido úrico elevada, ou problemas na eliminação de ácido úrico, ou ambos
Dieta e nutrição


Deve-se adotar dieta com poucas purinas:

Para diminuir o ácido úrico:
* Coma cerejas, morangos e extrato de aipo.
* Limite a ingestão de carnes a uma porção por dia.
Alimentos a serem evitados:
* Comidas com muitas purinas, ou seja, ricas em proteínas: sardinha, anchova, vitela, fígado e vísceras de animais.
* Álcool, especialmente a cerveja pois é rica em purinas